Por Diác. Pablo Vinícius Reis Moreira, C.Ss.R.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais, que, neste ano, chega à sua 59ª edição, foi criado no contexto do Concílio Vaticano II, por ocasião da promulgação do decreto “Inter Mirifica” sobre os meios de comunicação social. Esse dia é comemorado no 7º Domingo da Páscoa, quando celebramos, como Igreja no Brasil, a solenidade da Ascenção do Senhor. O tema escolhido, “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (1Pd 3,15-16), impele-nos a sermos comunicadores comprometidos com a causa do bem comum, cultivando sempre aquela esperança que não confunde e não decepciona (cfr. Rm 5,5).
Em sua última mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco convida-nos a refletir sobre o papel indispensável dos comunicadores em tempos difíceis e, claramente, desafiadores para a comunicação social, marcados pela desinformação e pelas polarizações políticas e ideológicas. Nos tempos atuais, “a comunicação não gera esperança, mas fomenta medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio”, observa Francisco. Dessa forma, o antídoto para o caos que se impõe está na necessidade de “desarmar” a comunicação, tornando-a capaz de “se purificar” daquela agressividade verbal tão presente no mundo das redes sociais. “Não permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação”, pede Francisco. E continua o seu apelo, com docilidade e mansidão: “Semeai sempre esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos”.
Atento aos sinais dos tempos, o Papa Francisco insiste numa comunicação capaz de construir pontes, unir esforços e apelar à proximidade e à ternura para com aqueles que sofrem e estão à margem da sociedade. De fato, a verdadeira comunicação é aquela capaz de gerar vida e esperança! Para Francisco, os comunicadores são chamados a buscar a verdade e a justiça, privilegiando o bem comum e a promoção da paz, tão ameada no contexto atual de guerras e conflitos armados.
O Evangelho proclamado e vivido é modelo da comunicação almejada, geradora de vida e esperança. Ele supera slogans simplistas e enaltece uma comunicação atenta e comprometida, empenhada em compreender e integrar o outro, especialmente os marginalizados. Por isso, escreve o Papa: “Procurai praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade”. A esperança é uma virtude essencial, que se faz necessária a cada dia, mas que exige coragem, disposição e persistência. Afinal, anunciar o Evangelho e testemunhá-lo com a vida não é para acomodados, mas para quem reconhece nas palavras do Evangelho a capacidade de transformar o mundo e abrir novos horizontes.
O conteúdo da mensagem está intimamente relacionado ao contexto jubilar do Ano Santo “Peregrinos De Esperança”. Nela, o Papa Francisco reforça o papel da comunicação em um mundo dividido e o quanto ela pode se tornar uma ferramenta para reacender a chama da esperança em muitos corações feridos. Sua mensagem é um grito profético para que abracemos um novo estilo de comunicação! Francisco escreve ainda que o bom comunicador é aquele que promove a cultura do encontro, ou seja, que se dispõe a caminhar com outras pessoas em direção a um porvir comum. Em suma, ele convida a Igreja, vivamente presente no mundo da comunicação, a ser “peregrina de esperança”, testemunhando a graça e o amor de Deus que a todos quer alcançar.
O Papa Francisco conclui a sua mensagem com uma tarefa aos comunicadores: “Contai histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e escrevendo juntos a história do nosso futuro”. Assim, seremos “peregrinos de esperança” em um mundo marcado por tensões e divisões. Que esse seu último apelo em vida nos encoraje a sermos verdadeiros comunicadores de esperança, a fim de que os muros visíveis e invisíveis que persistem em nosso mundo deem lugar a pontes de encontro, acolhida e cuidado. Afinal, a comunicação a que somos chamados a promover é aquela capaz de tecer comunhão, fazer-nos sentir menos a sós e redescobrir a importância de caminharmos juntos.
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